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Como funciona o draft da NBA: Tudo o que você deve saber

Saiba mais sobre como os futuros craques são escolhidos no basquete Que a NBA é a principal liga de basquete […]

Imagem mostra telão do Draft 2022 da NBA, com nomes e posições de escolha dos atletas disponíveis para serem draftados.

Saiba mais sobre como os futuros craques são escolhidos no basquete

Que a NBA é a principal liga de basquete do mundo você já sabe. Mas como as promessas do esporte da bola laranja chegam a essa elite mundial? O principal caminho é o draft. Então, explicamos como funciona o draft da NBA e como os futuros craques são escolhidos.

A NBA

A National Basketball Association alimenta uma história de mais de 75 anos, contada a partir de 1º de novembro de 1946. Em Ontário, o extinto Toronto Huskies recebeu o New York Knickerbockers (atual Knicks) no 1º jogo da BAA (Basketball Association of America).

Pouco menos de 3 anos depois, essa associação se fundiu com a National Basketball League (NBL) e assim veio o nome NBA. Naquela temporada 1949-50, eram 17 equipes, em um número que ainda cairia para 8, 4 anos depois.

Logo da NBA estampado em piso de quadra de basquete

Essas 8 franquias, inclusive, seguem em atuação até hoje. São elas: New York Knicks, Boston Celtics, Golden State Warriors, Los Angeles Lakers, Sacramento Kings, Detroit Pistons, Atlanta Hawks e Philadelphia 76ers.

Pós-fusão, a NBA se firma como principal liga de basquete

A partir da fusão, a NBA começou a se firmar como principal liga de basquete do mercado dos Estados Unidos. A liga também implantou algumas regras importantes no esporte, como o cronômetro de 24 segundos para o arremesso.

Nos anos 1960, a liga enfrentou a concorrência de outra associação, a American Basketball Association (ABA). E isso fez com que a NBA se movesse em direção às grandes cidades e chegasse a 18 franquias. E ainda era o início dessa história.

Outro ano marcante veio em 1979, quando a liga inseriu a regra do lançamento de 3 pontos e recebeu d2 dos maiores astros de sua história: Larry Bird e Magic Johnson. Ali começava um grande aumento de mercado e de interesse na NBA, algo que só fez crescer.

E muitas outras estrelas conseguiram se consolidar entre os maiores nomes da história dos desportos dando shows nas quadras estadunidenses. Foi o caso, por exemplo, de Michael Jordan, Kobe Bryant, Scottie Pippen, Shaquille O’Neal, LeBron James e Stephen Curry.

O caminho para o estrelato

Mas nenhum desses grandes nomes já começou no estrelato. O sonho do sucesso no basquete costuma começar ainda na infância e em cada lugar do globo, essa experiência é diferente.

Nos Estados Unidos e no Canadá, o início da prática esportiva costuma acontecer dentro das escolas, com quase todo o desenvolvimento de base se desenvolvendo junto à educação até a entrada nas ligas profissionais.

Este é um ponto importante para entender como funciona o draft na NBA.

Com ligas e seleções menos desenvolvidas que as da América do Norte, o basquete não aparece tão bem cotado como esporte favorito no país do futebol e do vôlei. Ainda assim, há vários caminhos para a formação esportiva no basquete no Brasil.

Seja em escolinhas, escolas ou projetos sociais, há diferentes portas de entrada para o mundo da bola laranja. E a estabilização da NBB e da CBB como ligas masculinas e da LBF como liga feminina, o caminho para a elite nacional também ficou mais sólido.

Mas, isso está longe de significar um percurso mais fácil para quem quer sair das quadras locais para a NBA. Normalmente, quem vem dos países anglófonos chega aos EUA ainda na fase universitária, com bolsas para evoluir seu basquete ainda nas ligas universitárias.

Para quem vem dos outros países, o destaque costuma vir nas ligas de base ou profissionais de seus países. Só então, as portas da NBA se abrem diretamente para esses jovens, normalmente sem passar por ligas universitárias ou inferiores na América do Norte.

É o caso do espanhol Pau Gasol (jogou no Barcelona antes da NBA), do chinês Yao Ming (Shanghai Sharks), do brasileiro Leandrinho (Palmeiras e Bauru) e do grego Giannis Antetokounmpo (Filathlitikos). Em comum? Todos entraram na NBA via draft.

Visão | A história da família Antetokounmpo, que já juntou três dos cinco  irmãos num jogo da NBA

Como funciona o draft da NBA

Mas o que é e como funciona o draft da NBA, afinal? Trata-se de um modelo de escolha de atletas muito comum para ligas de franquias, como é o caso das principais do esporte dos Estados Unidos: NBA, MLB, NHL e NFL.

Nesse sistema, a liga organiza um evento anual e as franquias recrutam jovens para seus elencos. Esses novatos são nomes do basquete universitário ou internacional. E a equipe ganha exclusividade para assinar um contrato na NBA com seus escolhidos.

São 60 calouros escolhidos em 2 rodadas. Em teoria, cada equipe teria uma escolha por rodada, mas não é bem assim. Isso porque, as franquias também negociam picks entre si, sozinhas ou envolvendo jogadores. Há, inclusive, negociações durante o draft.

No draft de 2022, por exemplo, o Philadelphia 76ers cedeu a pick 23 (David Roddy) para o Memphis Grizzlies em troca de DeAnthony Melton. Os NY Knicks, por sua vez, deram a pick 11 (Ousmane Dieng) para o OKC Thunder em troca de 3 escolhas de 1ª rodada de 2023.

Assim, sempre há franquias com mais ou menos que os 2 picks. Acontece até de equipes sem nenhum direito a escolha. Mas também há restrições. Por exemplo, uma franquia não pode negociar sua escolha na 1ª rodada do draft por 2 anos consecutivos.

Loteria do draft

Como as equipes se revezam para escolher os jogadores, a 1ª escolha é sempre a mais importante. Com esse direito, já foram escolhidos nomes como Magic Johnson, Shaquille O’Neal, Tim Duncan, Yao Ming, LeBron James, Kyrie Irving e Anthony Davis.

Mas como garantir essa vantagem? Isso passa diretamente pela sorte. A cada temporada, as 14 franquias que não conseguiram a vaga para os playoffs passam por um sorteio, a chamada loteria.

Esse sistema define a ordem das 14 primeiras das 60 escolhas do draft. Isso acontece para evitar que equipes percam propositalmente para ficar em uma posição pior e ganhar uma escolha antecipada.

As demais 16 escolhas da 1ª rodada vêm justamente da classificação da última temporada regular. O melhor time tem a 30ª escolha, o 2º tem a 29ª e assim por diante. As escolhas da 2ª rodada são todas definidas pelas posições da temporada regular anterior.

E quem pode ser draftado?

A 1ª regra para que um jogador seja elegível para o draft é que ele tenha pelo menos 19 anos. Para os estadunidenses, também é necessário ter ao menos 1 ano desde o fim do ensino médio nos EUA (high school).

Também há regras de elegibilidade automática. Isso vale para quem completar 4 anos de faculdade nos EUA. Ou, para quem não cursar o superior, ter concluído o 2º grau há 4 anos. Quem já disputou alguma liga profissional em outro país também é elegível.

Caso o jogador não esteja nas regras de elegibilidade automática, ele também pode participar do draft, mas precisa se candidatar. Eles devem ter jogado por pelo menos 1 ano na faculdade antes disso. A isso, se dá o nome de entrada antecipada.

Jogadores internacionais também têm regras diferentes. Atletas que tenham morado por ao menos 3 anos fora dos EUA antes do recrutamento e que nunca tenham se matriculado em uma faculdade do país ou tenham concluído o ensino médio por lá entram nessa regra.

Brasileiros no draft

Dentro dos regulamentos internacionais, alguns brasileiros já foram selecionados no draft da NBA. Até o draft de 2022, o Brasil teve 16 jogadores escolhidos para integrar a maior liga de basquete do planeta.

Ainda em 1976, Marquinhos Abdalla foi o 1º brasileiro draftado, como 162ª escolha dos Trail Blazers. O 2º foi o maior nome do país no basquete: Oscar Schmidt. Em 1984, o Mão Santa foi draftado pelos Nets, mas negou a NBA para seguir defendendo a Seleção Brasileira.

Ainda em 1988, Rolando Ferreira foi o 3º brasileiro. Mas todas as outras 13 escolhas vieram entre 2002 e 2022. Na lista, nomes como Nenê Hilário, Leandrinho Barbosa, Anderson Varejão, Tiago Splitter, Raulzinho Neto, Bruno Caboclo e Didi Louzada.

Nenê foi o brasileiro draftado com maior velocidade, pelos Knicks, como 7ª escolha de 2002. Rafael Bábby foi a 8ª escolha de 2004, pelos Raptors. O nome mais recente da lista foi Gui Santos. O ex-Minas foi o 55º selecionado em 2022, pelos então campeões Warriors.

Franquias que já draftaram brasileiros na NBA

Falando das franquias, 5 já draftaram brasileiros duas vezes: Trail Blazers (Marquinhos Abdalla, 1976, e Rolando Ferreira, 1988), Spurs (Leandrinho Barbosa, 2003, e Tiago Splitter, 2007), Raptors (Rafael Bábby, 2004, e Bruno Caboclo, 2014), Celtics (Fab Melo, 2012, e Lucas Nogueira, 2013) e Hawks (Raulzinho Neto, 2013, e Didi Louzada, 2019).

Além disso, outras 6 equipes já escolheram um brasileiro: Nets (Oscar Schmidt, 1984), Knicks (Nenê Hilário, 2002), Magic (Anderson Varejão, 2004), Hornets (Marcus Vinícius, 2006), Timberwolves (Paulão Prestes, 2010) e Warriors (Gui Santos, 2022).

Agora que você já sabe como funciona o draft da NBA, entenda melhor como funciona a NBA.

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