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Família Gracie: Qual a importância desta família para o esporte

Saiba mais sobre a família que revolucionou o jiu-jitsu e as artes marciais É impossível separar a história do jiu-jitsu […]

Foto em preto e branco, de Hélio Gracie jovem, vestindo kimono de jiu-jitsu, ajoelhado no tatame

Saiba mais sobre a família que revolucionou o jiu-jitsu e as artes marciais

É impossível separar a história do jiu-jitsu e da família Gracie. Até porque foi aqui no Brasil que a luta ganhou novas técnicas e se ramificou, criando o que o mundo conhece hoje como brazilian jiu-jitsu (BJJ). Não só com um estilo de luta, mas também de treinos e alimentação.

É por isso que a família Gracie é tão importante para a modalidade no país e no mundo.

Expandido no Brasil através de Hélio Gracie, o jiu-jitsu também se notabilizou como um precursor do MMA (artes marciais mistas) e o Ultimate Fighting Championship, o UFC, que é a maior organização de lutas de MMA no mundo.

O Blog da Betnacional explica toda essa relação da família Gracie com essa arte marcial que se notabiliza em todo o mundo.

Origem do jiu-jitsu e a chegada ao Brasil

O jiu-jitsu é uma arte milenar nascida no Japão e, em tradução literal, quer dizer “arte suave”.

O jiu-jitsu era praticado pelos samurais e focava em técnicas de golpes de alavancas para derrubar o adversário, torções e pressão para dominar o adversário no combate no chão.

No caso dos samurais, a arte marcial era utilizada quando o combate corpo a corpo era inevitável.

No Brasil, o jiu-jitsu chegou por meio do mestre Mitsuyo Maeda, também conhecido como Conde Koma. Ele foi um judoca japonês que se naturalizou brasileiro e apresentava suas técnicas de judô pelo país, mas se estabeleceu em Belém, no Pará.

Os primeiros passos da família Gracie no jiu-jitsu

Para muitos praticantes, o Conde Koma foi o pai do jiu-jitsu no Brasil, mas ficou a cargo da família Gracie, especialmente com Carlos Gracie, dar notoriedade à arte suave.

Carlos assistiu a uma apresentação do Conde Koma no Theatro da Paz, em Belém, e decidiu aprender a arte marcial com o incentivo do seu pai, Gastão Gracie, amigo pessoal de Maeda.

Foi no Rio de Janeiro que surgiu a primeira academia de jiu-jitsu em 1925, quando Carlos Gracie se mudou para lá com sua família. Ele começou a ensinar as técnicas da luta aos seus irmãos George, Gastão Júnior e Oswaldo. Todos bastante respeitados e com vários feitos pelo jiu-jitsu.

Enquanto que Hélio Gracie, o caçula, apenas assistia. Mas assim aprendeu, assistindo seus irmãos.

Foi Hélio o responsável por refinar técnicas e golpes, os adaptando a seu porte físico mais franzino, resultando no que é o brazilian jiu-jitsu.

O BJJ é focado em golpes de alavanca e atento ao momento certo de atacar e derrubar seu adversário para aplicar os golpes de finalização, também aprimorados ao seu porte físico.

Difusão do jiu-jitsu no Brasil pela família Gracie

Carlos Gracie e seus irmão viajaram por todo o Brasil ministrando aulas de jiu-jitsu e difundindo a modalidade, além de desafiar vários lutadores famosos de outras lutas para mostrar a eficácia e o poderio do jiu-jitsu frente a elas.

Esses desafios tomaram grandes proporções e foram se popularizando no mundo todo. A primeira geração da família Gracie ajudou a popularizar e impulsionou o crescimento da modalidade.

Depois deles, quem tomou a frente neste projeto de popularização foi Carlson Gracie, o filho mais velho de Carlos.

Ele assumiu esse protagonismo a partir de 1955, estimulando ainda mais a difusão da arte marcial. Carlson abriu sua própria filial da escola de jiu-jitsu, promoveu campeonatos e desenvolveu novos atletas para a modalidade.

Nos anos 1970, quem assumiu o protagonismo foi Rolls Gracie, filho de Carlos Gracie, mas que, por problemas entre o pai e a mãe, acabou ficando sob a tutela de Hélio Gracie.

Rolls foi como uma ponte para a modernização do estilo de luta do jiu-jitsu, da forma que era praticado anteriormente, para os dias atuais.

Ele teve um papel fundamental num período que vinha sendo de declínio da modalidade, ao incentivar a prática no Rio de Janeiro e servir de modelo para as práticas e a própria filosofia do jiu-jitsu, influenciando também a um estilo de vida saudável.

Rolls Gracie também abriu sua escola, mas veio a falecer precocemente, aos 31 anos, num acidente de asa-delta.

Nos anos 1980, Carlos Gracie Jr foi o principal protagonista do jiu-jitsu. Ele deu continuidade ao legado dos seus familiares e principalmente do seu irmão, Rolls.

Carlos Gracie Jr fundou a Gracie Barra, no Rio de Janeiro, e também desprendeu esforços para a criação da Federação Brasileira de Jiu-Jitsu, ajudando a regulamentar o esportes e federalizar os estados para competições nacionais.

Além disso, dentro deste trabalho desenvolvido pela família Gracie, também foi possível institucionalizar o jiu-jitsu como um esporte nacional, o que também teve grande importância para preservar sua memória e tradições.

Criação do UFC por Rorion Gracie

Rorion Gracie, primogênito de Hélio Gracie, se mudou para os Estados Unidos na década de 1970 e dava aulas de jiu-jitsu por lá, utilizando o espaço da garagem da sua casa.

Conforme foi expandindo sua influência com a modalidade, inclusive junto a astros de Hollywood, Rorion se juntou ao empresário Art Davie para promover um grande evento com lutadores de várias artes marciais.

O evento em questão seguia um modelo que o pai e os tios de Rorion fizeram no Brasil. Assim surgiu o The Ultimate Fighting Championship, em 1993.

No evento, Royce Gracie, irmão mais novo de Rorion, saiu vencedor. Das 4 primeiras edições do UFC, ele venceu 3, e mostrou o quanto o jiu-jitsu pode se sobrepor às demais lutas por conta da sua técnica.

O UFC era um vale-tudo, praticamente não havia regras. Contudo, conforme foi se popularizando e também foi vendido para outros donos, o UFC se modernizou, ganhou regras e se tornou o que é hoje.

Esses eventos ajudaram a globalizar de vez o jiu-jitsu brasileiro, criando várias escolas pelo mundo todo, seguindo o legado deixado pela família Gracie para o esporte.

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