Descubra o surgimento, importância e significado dos números da camisa

Um dos elementos mais tradicionais do uniforme de um time de futebol são os números da camisa. Eles são importantes há um século e se tornaram mais um elemento do esporte. Afinal, passaram por transformações em importância e utilidade, tanto para jogadores quanto para os torcedores de todo o mundo.

Para entender melhor os significados dos números das camisas, siga conferindo este post da Betnacional para tirar suas dúvidas e aprender mais sobre as origens desse conceito, suas curiosidades e tudo o que a numeração de cada jogador pode representar na sua posição no futebol!

Como surgiram os números na camisa de futebol?

Os números na camisa surgiram, na verdade, em outro esporte: o rugby! O primeiro registro de numeração de uniformes no mundo esportivo é datado de 1897, em um confronto entre o time de Queensland e a seleção da Nova Zelândia.

A ideia original era facilitar a identificação dos jogadores, mas ela ganhou ainda mais importância ao servir para marcar também a função de cada atleta no time.

No futebol, a primeira partida organizada em que essa estratégia foi usada ocorreu nos Estados Unidos, em um jogo em que o Fall River United usou números de 1 a 11 em 1924, no confronto contra o St. Louis Vesper Buck pela Challenge Cup (atual US Open Cup).

Em grandes jogos, a primeira grande marca foi a final da Copa da Inglaterra (FA Cup) de 1933, disputada em Wembley entre Manchester City e Everton — com vitória do Everton por 3×0. Os campeões utilizaram a numeração de 1 a 11, enquanto o City se identificou do 12 ao 22, sendo a novidade um destaque positivo para as 93 mil pessoas que viram o jogo, segundo jornais da época.

No Brasil, os números de camisa no futebol são usados desde 1947, três anos antes da Copa do Mundo que a FIFA utilizaria para oficializar a prática também nas suas competições.

Números de camisas de futebol: conheça os significados

A numeração no futebol não se baseou no rugby somente na busca por organização para reconhecer os jogadores mais facilmente. Assim como no esporte que o precedeu, os números no futebol foram atrelados à função e à posição que os atletas ocupam em campo — começando pelo goleiro e crescendo gradativamente até os últimos integrantes do ataque.

Foi com o passar do tempo que o conceito foi ganhando mais flexibilidade, considerando, primeiramente, tanto as novidades nas regras do jogo — que vão desde a inclusão da numeração dos reservas até as competições que exigem identificações fixas. Mas, no fim das contas, o impacto principal veio dos ídolos que marcaram a história do jogo.

Um grande exemplo ocorreu com a Seleção Brasileira na Copa de 1958. Por algum motivo, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) não conseguiu enviar sua numeração oficial à FIFA, que se encarregou de numerar os jogadores por conta própria.

Gylmar, goleiro, teve que usar a camisa 3. Garrincha, que já era uma lenda com 7, pegou a 11. Mas entre as muitas mudanças, quis o destino que Pelé usasse o número 10 e fizesse uma excelente copa, com direito a dois icônicos gols na final contra a Suécia, tendo apenas 18 anos. Esse feito do Rei do Futebol deu origem à mística da camisa 10 ser destinada aos craques no Brasil e no mundo.

Considerando, portanto, o contexto da origem junto aos nomes e acontecimentos que moldaram a história do esporte, confira a relação entre o número da camisa e o seu significado:

Número da camisa dos goleiros

Como mencionado anteriormente, a numeração dos defensores titulares geralmente são mais baixas, próximas de 1. Esse hábito teve origem com a numeração seguindo a ordem da escalação, que se inicia pelo setor defensivo.

Sem muitos segredos, a camisa 1 é normalmente dada aos goleiros, sendo muito raramente vista com um jogador de linha (com as exceções mais famosas sendo as do volante Osvaldo Ardiles pela Argentina na copa de 82 e o atacante Ruud Geels pela Holanda em 74).

Mas enquanto a maioria dos grandes goleiros usaram a 1, outros marcaram época com a 12, dada geralmente aos goleiros reservas. Um dos maiores expoentes desse conceito no Brasil foi o goleiro Marcos, ídolo do Palmeiras e pentacampeão mundial em 2002 com a Seleção. O goleiro-artilheiro Rogério Ceni, que foi reserva de Marcos na Copa, lançou tendência com a 01 no final da sua carreira.

Significado dos números da camisa dos defensores

As camisas 2, 3, 4 e 6 são as mais utilizadas pelos defensores de linha. Normalmente, as camisas 2 e 6 são dadas aos laterais direito e esquerdo respectivamente, como tivemos Cafu e Roberto Carlos na Seleção Brasileira, sendo os responsáveis por defender e apoiar o ataque pelos lados do campo. Enquanto isso, a 3 e a 4 ficam com os zagueiros, que cuidam da região central da defesa.

Há certa flexibilidade na distribuição dessas camisas, sendo relativamente comum vermos zagueiros com a 2, laterais-esquerdo com a 3 e a 6 mais avançadas no campo, como no caso do icônico meia ex-Seleção Espanhola e Barcelona (hoje técnico da equipe catalã), Xavi Hernández.

A numeração reserva segue tendência similar à dos titulares, se mantendo próxima ao numeral do goleiro suplente. Logo, é comum ver números como 13 e 14 distribuídos para os atletas do banco que atuam na defesa.

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5, 8 e o icônico 10: os números de meio-campo

Subindo o gramado e a escalação, a espinha dorsal do meio de campo costuma ter características definidas e numerações que acompanham essas marcas registradas.

Os volantes, ou meias-defensivos, oferecem proteção para a linha de defesa e sustentação para o ataque e geralmente vestem a 5, como o Casemiro. Ao lado dos “cães de guarda”, a camisa 8 talvez seja a que vista o jogador mais versátil e completo do time, ao ser entregue ao segundo-volante (também chamado de meia de ligação).

Esse número é usado por jogadores que, apesar de serem capazes de cobrir a defesa, apresentam muita qualidade técnica para saírem jogando e levarem o time ao ataque — tal qual o eterno parceiro de Xavi, Andrés Iniesta. Há também o perfil de camisa 8 “motorzinho”: aquele jogador incansável, que não para de correr e preencher todos os espaços que seu time precisar.

Por fim, mas definitivamente não menos importante, há a camisa 10. Pelé, Maradona, Zico, Zidane, Messi e muitos outros grandes expoentes da história do futebol carregaram consigo a responsabilidade de ser o craque do time. Ou seja, os jogadores mais talentosos e criativos do elenco, atuando geralmente como meia-ofensivo mais centralizado, ponta-de-lança e, em alguns casos, pelos lados.

Geralmente, vemos os reservas dessas funções com camisas que fazem menção aos números dos titulares, como o 15 (algarismo 5 presente), 16 (o dobro de 8) e 20 (dobro de 10).

Número de camisa de futebol dos atacantes

As camisas dos atacantes também são clássicas, variando entre os números 7, 11 e 9 conforme a função desempenhada no ataque e o estilo de jogo de cada um dos jogadores. Ou seja, levando em conta os diferentes modos de criar ou de finalizar as chances criadas pelo time.

Tanto 7 quanto 11 são números dados a atacantes mais móveis. Em uma formação 4-3-3 tradicional, seriam os pontas direita e esquerda, que atacam pelas beiradas, buscando a linha de fundo adversária, ou invadirem a área em rápidos movimentos diagonais com ou sem a bola. A dupla de brasileiros Vini Jr. e Rodrygo, ambos do Real Madrid e da Seleção, representam bem a função.

Em outros contextos e desenhos táticos, podemos ver funções um pouco diferentes para os numerais. É possível ver o número 7 flutuando mais próximo às faixas centrais e ao gol, como fizeram Bebeto e, mais recentemente, Cristiano Ronaldo. Enquanto isso, a 11 é reservada para velocistas e habilidosos, como fazia Neymar, pelo Santos, ainda no início de sua carreira.

Outro número extremamente tradicional com função inconfundível é a camisa 9 do centroavante. Ele é o principal finalizador do time, que procura os espaços e as oportunidades para marcar. Os artilheiros vêm em diferentes formas e estilos, mas são inesquecíveis, como foi Ronaldo Fenômeno jogando por Cruzeiro, PSV, Barcelona, Inter de Milão, Real Madrid, Milan e Corinthians.

Olhando para os números no banco de reservas, a relação de proximidade numérica segue válida. Ambos os números 21 e 22 ficam os ponteiros reservas, enquanto a relação entre os números 9 e 18 é mais próxima do que parece.

Não somente há a “regra” de o 18 ser o dobro de 9, como a soma dos algarismos também dar 9. Essa curiosidade, aliás, fez com que Iván Zamorano, atacante chileno que jogava com o Fenômeno na Inter, assumisse a numeração e colocasse um pequeno sinal de “+” entre o 1 e o 8 antes dos jogos.

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Agora você sabe tudo o que precisa sobre a relação entre os números mais comuns do futebol e as funções e status mais tradicionais que eles indicam. Fique atento a essa relação e entenda melhor como joga cada jogador para, por exemplo, ser mais assertivo nos seus investimentos esportivos no futebol.

E para seguir acumulando conhecimento referente ao mundo dos esportes, conte com a Betnacional para ficar de olho nas principais informações sobre as eliminatórias da copa de 2026!

Até o próximo post!

Clauber Santana

Clauber Santana

Clauber Santana se formou em jornalismo em 2013. Desde então, atuou em diversos meios de comunicação como Folha de Pernambuco, Portal Leia já, CBN Recife e Rádio Transamérica. Atualmente está à frente de portais como NE45minutos e Jogo Hoje.

O jornalista é apaixonado por esportes e tudo que envolve esse universo! Adora escrever para informar seus leitores de uma maneira simples. Ele aborda os temas mais populares do meio esportivo e aqueles que causam mais dúvidas entre os especialistas e amadores.

Torcedor ferrenho do Náutico, acredita que o futebol e os esportes em geral são uma maneira de entretenimento, educação e, acima de tudo, de conhecimento. Nas suas redes sociais ele compartilha notícias e críticas esportivas.

Aqui no blog da Betnacional, Clauber contribui com toda sua expertise e experiência para conteúdos sobre futebol, basquete e apostas esportivas.

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